A Substância
Qual o preço a se pagar pela beleza?
"A Substância" é um filme que se arrisca nas profundezas da psique humana, oferecendo uma experiência cinematográfica densa e envolvente, onde a realidade de uma vida dupla se entrelaça de maneira inquietante. Dirigido com maestria por um cineasta que parece querer desconstruir as fronteiras do gênero, o filme nos leva a uma viagem visual e emocional perturbadora, nos desafiando a questionar a solidez da nova realidade cunhada sobe uma criação artificial.
De onde vem a substancia retratada no filme? Qual objetivo?
O ponto alto do filme está em sua habilidade em provocar sensações e pensamentos profundos. Não se trata apenas de um thriller psicológico, mas de um convite para refletirmos sobre a natureza da realidade e como nossas percepções podem ser distorcidas. Os dilemas filosóficos que surgem durante o filme são tão inquietantes quanto as cenas intensas, levando o espectador a questionar até onde a verdade é moldada por nossa mente. A suposição é de que o objetivo de quem tá por trás da substancia é de estudar a perca de singularidade e como alteramos nossa persona de acordo como nos percebemos em relação o mundo ao nosso redor.
Da Ascensão a queda: Os efeitos do consumo são nocivos, mas os resultados são viciantes
A protagonista, interpretado de forma brilhante, transmite uma vulnerabilidade crescente à medida que sua obsessão pela substância a consome, tornando impossível não se sentir compadecido de sua queda.
Você é realmente singular?
O filme sugere que mesmo após o consumo da substancia, os usuários permanecem singulares . Mas a própria trama parece fazer um contraposto a isso ao dividir a personagem e ramificar a sua personalidade, ao utilizar a "substância", a personagem principal se divide em duas versões, uma jovem e perfeita, e outra envelhecida e "imperfeita". Essa divisão representa a perda da singularidade, já que a identidade da personagem se fragmenta, a singularidade permanece sob qualquer situação?
Critica social
A pressão estética e o etarismo são temas centrais do filme, evidenciando como a sociedade valoriza determinados padrões em detrimento da diversidade e da individualidade. O filme critica a obsessão pela juventude e beleza, mostrando como a busca incessante por um ideal pode levar à perda da individualidade.
No final, "A Substância" não é um filme que oferece todas as respostas, mas é exatamente essa falta de respostas que o torna tão fascinante. Ele nos deixa com mais perguntas do que respostas, o que é, na verdade, seu maior mérito. "A Substância" é uma obra que ecoa na mente do espectador muito depois dos créditos finais, tornando-se uma experiência que ultrapassa a tela e entra no campo da introspecção pessoal. Um filme para quem está disposto a questionar, a mergulhar no desconhecido e a se perder na labiríntica trama de sua própria percepção.
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